quinta-feira, 26 de abril de 2012

E tudo o vento levou

As folhas cairam e o vento espalhou-as discretamente, o ceú mantêm-se limpo e o sol aos poucos dá o ar da sua graça. O tempo passa vai passando, mesmo em frente aos nossos olhos, sem dar-mos conta. E derrepente deparamo-nos com memórias, recordações, flashs, histórias que precisamos de contar a alguém, sentimentos que precisamos libertar tal como pessoas.
A verdade é que, com o passar do tempo, todas essas memórias, recordações, flashs, histórias, sentimentos mantêm-se. Porém, as pessoas já não estão do nosso lado como antigamente. Já não estão lá sentados do nosso lado, já não nos dão a mão quando temos medo, já não nos sorriem quando temos vontade de chorar, já não nos ouvem nem nos falam, já não ouvimos um "ESTOU AQUI" , simplesmente partiram. Partiram, e esqueçeram-nos, libertaram-se de nós. Mas e as memórias, as recordações, os flashs, as histórias? Essas não permaneçem para sempre?
Se permaneçeram em mim e mostram-se vivas diariamente, penso que nos outros também !
E o que fazemos com tudo isso? Visto que não podemos apagar nem vender, o que daria um grande jeito, como lhes podemos dar utilidade? Não podemos, a não ser que queiram pegar nelas e rivive-las como se nunca tivesse acabado. Em todas elas não existe um só sujeito, mas sim dois.
Daí não ser possível revive-las, pois quando um não quer, dois não dançam.
Há coisas impossíveis de esqueçer, pessoas e sobretudo sentimentos. Desejava que todas essas memórias, recordações, histórias e sentimentos se transforma-sem em folhas, e aos poucos o vento supra-se e levasse cada uma delas para cada canto do mundo. Talvez o sol brilha-se de outra forma e tudo se torna-se mais claro. Leva vento, leva que eu deixo.

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